O título é incomum, mas foi deste modo que me inspirou a falar sobre o artigo dos meus sonhos, este pano azul que cobriu tantas vergonhas e que protagoniza há 150 anos uma autentica saga do vestuário.
Dos habitantes de Gênova, diz-se que os marinheiros de lá foram os primeiros a utilizar o nosso jeans e por lá foram chamadas de “genes” e quando não se trata da genealogia da palavra é bem possível pensarmos que hoje ele assume o posto de “gene” dentro do repertorio do vestuário.
Quando nada era azul nem confortável, mas tudo marrom e duro de uma lona de cobrir carroças e barracas de mineração, este tecido que andava sobrando nas prateleiras do comerciante de origem judaico-alemã Levi Strauss, até este “genes” ou “jin” se tornar o que significa hoje não demorou muito.
Mudaram os fatos os formatos, os cortes, as modas , apenas o jeans permanece imutável e essência de ícone de várias gerações, e a minha não seria diferente Minha vida gravita em torno de um mundo azul (denim word), de tom índigo, ou “tinta da Índias”, que por síntese química foi batizado no árabe como “annir”, do persa “nil”, e no Brasil “anil” , palavra derivada do sânscrito “azul”, cor que foi proclamado tonalidade do nosso céu, por conseguinte, a bandeira brasileira, país do qual é o grande celeiro mundial dos jeans.
Ele entrou na minha vida por acaso, mas não foi deste modo que ele permaneceu num piscar de olhos o denim além de tomar conta de boa parte do meu guarda roupa, ele já era meu ganha pão, meu motivo de pesquisa acadêmica e objeto de tantos outros sonhos.
Nascido para resistir a todas as mudanças e tendências, nenhum outro produto, dentro dessa aceleração de novidades, apresenta a peculiaridade de sua permanecia, posso concluir que além de resistente, adaptável e polivalente o jeans é um estilo de vida, é liberdade, é nome, sobrenome, veste e minha “segunda-pele”.
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